PF investiga grupo criminoso e combate contrabando de cigarros e produtos falsificados no RN

A Operação Falsos Heróis, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira 27 nos estados do Rio Grande do Norte, Pará e São Paulo, apreendeu muito dinheiro. Em São Paulo, parte do montante estava em caixas de papelão e em uma gaveta sob uma cama. No Pará, vasos e cofrinhos de barro foram usados para esconder cédulas, além de um ursinho de pelúcia, que também estava recheado de dinheiro. O valor total apreendido ainda não foi revelado. Já no Rio Grande do Norte, os agentes encontraram várias armas de fogo.
A ação, que investiga atividades de uma organização criminosa voltada à prática de contrabando de cigarros e produtos falsificados, contou com apoio da Receita Federal e da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI).
A operação
Cerca de 165 policiais federais deram cumprimento a 26 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão preventiva. No RN, os mandados foram cumpridos em Areia Branca, Tibau e Mossoró; No Pará, em Belém e Ananindeua; E em São Paulo, todos na capital.
Ainda foram cumpridas medidas cautelares com relação a outros nove investigados, bem como o sequestro judicial de 22 contas bancárias.
As diversas diligências realizadas no curso da investigação permitiram identificar a existência de uma organização criminosa bem estruturada, cujo modus operandi consiste no transporte naval de produtos contrabandeados (cigarros, vestuário e equipamentos eletrônicos falsificados) com origem no Suriname, os quais são internalizados de forma clandestina em pontos da costa dos municípios potiguares de Areia Branca, Porto do Mangue e Macau, sendo posteriormente transportados para diversos estados, principalmente São Paulo, onde são comercializados em locais notadamente conhecidos por esta prática.
Alta lucratividade
Somente entre os anos de 2018 e 2019, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 185 milhões, revelando a alta lucratividade da empreitada criminosa.
Dentre os investigados, constam empresários, policiais civis do Rio Grande do Norte, além de um secretário municipal da cidade de Areia Branca/RN.
Os crimes imputados são os de contrabando qualificado (art. 334-A, §3º, CP) e organização criminosa armada (art. 2º, § 2º, e § 4º, incisos II e V, da Lei 12.850/2013), cujas penas, somadas, podem ultrapassar a 23 (vinte e três) anos de prisão.
AGORA RN
Postado em 27 de outubro de 2020 - 11:08h