VÍDEO: Família cobra justiça para filha morta há quatro anos no Dia da Mulher

Há quatro anos, por volta das 2h da manhã, Inácio Ferreira recebeu uma notícia que mudou sua vida e a da sua esposa, Cleane Ferreira. Na madrugada daquele Dia da Mulher, em 2015, a filha do casal, Jéssica Dayane, de 18 anos, foi assassinada quando estava em um bar, no bairro de Igapó, Zona Norte de Natal.

Passado todo esse tempo, além da dor da perda, a família tem de conviver com outro sentimento doloroso: o da injustiça. Até hoje, o suspeito de ter cometido o crime, Marcos Miguel do Couto, não foi julgado pelo caso. Ele é condenado por outros crimes.

O pai de Jéssica reclama que sempre procura saber sobre o andamento do caso e sempre recebe a mesma informação, que aguarde porque quando a audiência for acontecer ele será avisado. A mãe da vítima, aos prantos, conta que após todo esse tempo a dor não passa. “Pra mim é um dia que não existe. Que nunca existiu. Eu hoje me sinto sem vida”, relata.

Ela diz que “a justiça dos homens não existe” e diz que só resta ter fé. “Às vezes eu me sinto incapaz de varrer até a minha casa. Uma tristeza imensa. Só uma mãe que passou por isso é que sabe dizer”, afirma.

O suspeito de ter matado Jéssica foi preso em 26 de agosto de 2015. A notícia foi divulgada pela Polícia Civil. Em 2016, Marcos Miguel voltou a figurar no noticiário policial. Num sábado, dia 27 de novembro, ele conseguiu fugir pela porta da frente da penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta.

Ele era considerado “preso de confiança” e se aproveitou disso para sair sem ser notado. Foi recapturado em 8 de fevereiro de 2017, na zona rural da cidade de Ceará-Mirim. Marco Miguel cumpria pena de 33 anos por assaltos e associação criminosa.

OP9

Postado em 8 de março de 2019 - 22:43h