Mar avança sobre a engorda da praia de Ponta Negra e derruba cerca no Morro do Careca em Natal

Água acumulada na faixa de areia de Ponta Negra — Foto: Philipe Salvador/Inter TV Cabugi

O mar avançou sobre a faixa de areia alargada da Praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, entre a madrugada e o início da manhã desta quarta-feira (8). Parte da cerca instalada no pé do Morro do Careca caiu.

Com noite de lua cheia, que influencia no comportamento do mar, a altura da maré chegou a 2 metros de 53 centímetros às 4h59 na madrugada desta quarta-feira (8).

O caso aconteceu pela segunda noite consecutiva. Problema semelhante havia acontecido na madrugada de terça-feira (7).

A água ficou acumulada sobre a faixa de areia e parte do volume escorreu para o mar em uma espécie de rio que se formou no pé do Morro do Careca. Com a força da água, a cerca do morro caiu.

O cenário foi registrado por frequentadores da praia, que relataram preocupação. De acordo com trabalhadores a água alcançou as pedras do enrocamento.

A secretária de Infraestrutura de Natal, Shirley Cavalcanti, considerou que a maré alta teria sido mais prejudicial à praia, caso não existisse a engorda.

“Como essas marés estão muito altas e as extremidades da engorda normalmente são as que sofrem mais, aconteceu do avanço chegar próximo ao Morro do Careca, mas a gente diz muito: imagine se a gente não tivesse a faixa de areia engordada. Provavelmente o nosso Morro do Careca estaria muito mais erodido, o calçadão estaria totalmente danificado e os imóveis também”, disse a secretária.

A água ficou acumulada sobre a faixa de areia e parte do volume escorreu para o mar em uma espécie de rio que se formou no pé do Morro do Careca. Com a força da água, a cerca do morro caiu.

O cenário foi registrado por frequentadores da praia, que relataram preocupação. De acordo com trabalhadores a água alcançou as pedras do enrocamento.

A secretária de Infraestrutura de Natal, Shirley Cavalcanti, considerou que a maré alta teria sido mais prejudicial à praia, caso não existisse a engorda.

“Como essas marés estão muito altas e as extremidades da engorda normalmente são as que sofrem mais, aconteceu do avanço chegar próximo ao Morro do Careca, mas a gente diz muito: imagine se a gente não tivesse a faixa de areia engordada. Provavelmente o nosso Morro do Careca estaria muito mais erodido, o calçadão estaria totalmente danificado e os imóveis também”, disse a secretária.

A secretária ainda considerou que parte da areia retirada pela água será reposta pelo mar, mas afirmou que a engorda precisará de reposição periódica de areia.

“Essas marés altas são fenômenos da natureza, a gente não tem como intervir nisso. E tá previsto em projeto que ocorram essas situações, tá? A areia, ela vai se conformando, tanto é que a engorda, ela tem uma previsão de reposição de areia a cada 7 anos, podendo chegar a 10 anos. Então elas realmente, a orla ela precisa da manutenção, a faixa de areia”, complementou a secretária.

Sobre a cerca, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) afirmou que a estrutura atualmente instalada em frente ao morro foi executada pela prefeitura durante as obras de engorda da orla.

“O material utilizado pela Prefeitura é distinto daquele originalmente instalado pelo Idema, que havia executado cercamento em madeira maciça com base de concreto, conforme previsto em contrato firmado para manutenção e sinalização da área. O Idema não recebeu oficialmente a obra e, diante das modificações observadas no local, solicitou esclarecimentos formais ao Município de Natal, por meio de processo administrativo, sobre as especificações técnicas do novo cercamento”, informou o órgão.

Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura informou que o material utilizado na execução da cerca de proteção do Morro do Careca, que são estacas de concreto revestidas com tubo de PVC e arame liso 12, foi escolhido pela pasta “por apresentar maior durabilidade e resistência para as condições do local”.

Na nota, a Seinfra informou que não foi informada sobre a necessidade de utilização de um material específico para a execução do serviço.

“Em nota encaminhada à imprensa, o IDEMA faz referência a um ‘contrato para manutenção e sinalização da área’; no entanto, a Seinfra não tem acesso a esse contrato, por se tratar de um documento interno do referido órgão, não sendo, portanto, possível ter conhecimento prévio sobre o material especificado”, citou a nota da secretaria.

A Seinfra informou que vai encaminhar, nesta terça-feira (8), um ofício ao IDEMA, a fim de esclarecer quaisquer dúvidas.

G1RN

Postado em 8 de outubro de 2025 - 18:02h